Olá!
Eu só estou a contar esta "aventura" porque, como família, tivemos grandes dificuldades em perceber o problema. Mas acho que o mais dificil foi aceitar o problema. "Porquê o meu filho?" foi a pergunta que mais me martelou os miolos nos últimos anos. O stress é inimaginável, acreditem, e chegamos a pontos extremos de frustração e desespero. Nós ainda tínhamos o inconveniente da língua: só entendíamos metade! Ao contar a nossa experiência talvez consiga ajudar algumas famílias que se sintam frustradas e desesperadas. Talvez consigamos ajuda-las a ver que, afinal, é tudo bem melhor do que o que parece.
Continuando...
Estamos em 2010. Primeira consulta num psicólogo. Um homem extremamente calmo, atencioso e com uma paciência com o meu filho excepcional. Depois de lhe ter contado tudo o que se tinha passado na escola até então, saí do consultório e ele começou a fazer uma série de testes ao menino. Um teste de inteligência também, claro. Esperei quase 2 horas. Já não aguentava mais. Quando pude, finalmente, entrar na sala perguntei logo se o meu filho era burro. "Claro que não!" respondeu ele prontamente. Muito pelo contrário. Apesar de uma quantidade excessiva de distração, o miúdo teve resultados no teste de QI normais para a idade dele. "Se ele tomar medicação os resultados vão ser excelentes.", acrescentou. Medicação?????? Se não estivesse sentada tinha caído ao chão, de certeza. Diagnóstico: Transtorno do Defice de Atenção e Hiperactividade (TDAH). Que merda é esta? Já tinha ouvido falar na Hiperactividade, mas o resto era estranho.
Mas afinal o que é o TDAH? Comecei logo a pesquisar e a minha preocupação foi aumentando. Primeira ideia: TDAH é um transtorno neurobiológico com um considerável impacto social. Foi como se me tivessem dado um soco. Os especialistas acreditam que a causa do TDAH é uma deficiente transmissão de informações no lobo pré-frontal do cérebro (que fica mesmo atrás da testa) provocada por baixos níveis de determinadas substâncias químicas (os neurotransmissores) que fazem essa passagem de informação entre as células. No caso de TDAH, a Dopamina é um dos principais transmissores pois desempenha um papel importante no que diz respeito à atenção, motivação, sono, humor. Quando a quantidade de Dopamina não é suficiente vamos ter uma criança desconcentrada, impulsiva, desorganizada. Infelizmente, na escola isto é sinónimo de uma criança muito indisciplinada (para não dizer muito mal educada ou outra coisa pior).
E quanto mais pesquiso, mais assustada fico....
Tratamos logo de consultar um outro psicólogo, uma segunda opinião é sempre bem-vinda. Ainda mais se for favorável. Mas não foi o caso. O diagnóstico foi exactamente igual. Enfim....
Bom, qual é o próximo passo? Consultar um psiquiatra. Quando se pensa num psiquiatra, pensa- se logo em malucos. Ou não? Eu e o meu marido ficamos devastados. Mas se fôr para o bem da criança, força! E lá fomos nós....
Continua brevemente....
Fiquem bem e até breve!
CC
Eu só estou a contar esta "aventura" porque, como família, tivemos grandes dificuldades em perceber o problema. Mas acho que o mais dificil foi aceitar o problema. "Porquê o meu filho?" foi a pergunta que mais me martelou os miolos nos últimos anos. O stress é inimaginável, acreditem, e chegamos a pontos extremos de frustração e desespero. Nós ainda tínhamos o inconveniente da língua: só entendíamos metade! Ao contar a nossa experiência talvez consiga ajudar algumas famílias que se sintam frustradas e desesperadas. Talvez consigamos ajuda-las a ver que, afinal, é tudo bem melhor do que o que parece.
Continuando...
Estamos em 2010. Primeira consulta num psicólogo. Um homem extremamente calmo, atencioso e com uma paciência com o meu filho excepcional. Depois de lhe ter contado tudo o que se tinha passado na escola até então, saí do consultório e ele começou a fazer uma série de testes ao menino. Um teste de inteligência também, claro. Esperei quase 2 horas. Já não aguentava mais. Quando pude, finalmente, entrar na sala perguntei logo se o meu filho era burro. "Claro que não!" respondeu ele prontamente. Muito pelo contrário. Apesar de uma quantidade excessiva de distração, o miúdo teve resultados no teste de QI normais para a idade dele. "Se ele tomar medicação os resultados vão ser excelentes.", acrescentou. Medicação?????? Se não estivesse sentada tinha caído ao chão, de certeza. Diagnóstico: Transtorno do Defice de Atenção e Hiperactividade (TDAH). Que merda é esta? Já tinha ouvido falar na Hiperactividade, mas o resto era estranho.
Mas afinal o que é o TDAH? Comecei logo a pesquisar e a minha preocupação foi aumentando. Primeira ideia: TDAH é um transtorno neurobiológico com um considerável impacto social. Foi como se me tivessem dado um soco. Os especialistas acreditam que a causa do TDAH é uma deficiente transmissão de informações no lobo pré-frontal do cérebro (que fica mesmo atrás da testa) provocada por baixos níveis de determinadas substâncias químicas (os neurotransmissores) que fazem essa passagem de informação entre as células. No caso de TDAH, a Dopamina é um dos principais transmissores pois desempenha um papel importante no que diz respeito à atenção, motivação, sono, humor. Quando a quantidade de Dopamina não é suficiente vamos ter uma criança desconcentrada, impulsiva, desorganizada. Infelizmente, na escola isto é sinónimo de uma criança muito indisciplinada (para não dizer muito mal educada ou outra coisa pior).
E quanto mais pesquiso, mais assustada fico....
Tratamos logo de consultar um outro psicólogo, uma segunda opinião é sempre bem-vinda. Ainda mais se for favorável. Mas não foi o caso. O diagnóstico foi exactamente igual. Enfim....
Bom, qual é o próximo passo? Consultar um psiquiatra. Quando se pensa num psiquiatra, pensa- se logo em malucos. Ou não? Eu e o meu marido ficamos devastados. Mas se fôr para o bem da criança, força! E lá fomos nós....
Continua brevemente....
Fiquem bem e até breve!
CC
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